quinta-feira, 7 de março de 2019

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER... e AS MINHAS MULHERES!



Na verdade todo dia deveria ser dia da mulher. Também do homem, da mãe, do pai, dos avós, dos filhos. Simplesmente porque todo ser humano deveria ser respeitado, homenageado, amado... todos os dias, como seres “criados à imagem e semelhança do Criador”. Mas, independente disso, hoje se comemora o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Benditas sois! Principalmente... minhas lindas e queridas mulheres! Ah! Não sou bígamo ou polígamo. Veja mais adiante...

Muito se tem escrito sobre a origem da data. Até este autor, no passado, se meteu a escrever sobre o “dia internacional da mulher”. Cometi alguns erros por não ter feito uma pesquisa mais profunda. Posso cometer outros, mas... quem sabe, não mais. A premissa não foi que a data se tornasse comercial, como se tornou todos os outros: dia das mães, dos pais, dos avós, natal, etc. O “dia internacional da mulher”, também, não teve objetivos comerciais... embora, já esteja se tornando. Se sua origem foi nobre ou não, depende do ponto de vista de quem a vê ou escreve. A intenção deste artigo é ser isento de quaisquer vieses políticos. Espero que consiga; pois ela tem raízes profundas e, infelizmente, também, políticas. Escrevi, certa vez, que a origem da data foi um grande incêndio ocorrido em uma fábrica de tecido em Nova Iorque (EUA) com a morte aproximada de 130 tecelãs. O incêndio realmente ocorreu, mas, essa não é toda a verdade. Os fatos são controversos. 

O Brasil é um dos poucos países que apontam o incêndio em Nova Iorque, dia 25 de março de 1911, 17 horas, domingo, ocorrido na Triangle Shirtwaist Company, quando morreram 146 trabalhadores (125 mulheres e 21 homens, maioria judeus). Essa fábrica tinha cerca de 600 trabalhadores. A maioria era composta por mulheres imigrantes judias e italianas entre 13 e 23 anos que, nesse dia, reivindicavam, trazendo à tona as más condições de trabalho das mulheres. Claro está que tal acontecimento recrudesceu o movimento libertário feminino, do ponto de vista político socialista. Entretanto, já havia esse tipo de luta das mulheres em datas anteriores.

Traçando uma “linha do tempo” na agenda feminista, no último domingo de fevereiro de 1909, também em Nova Iorque, cerca de, 15 mil mulheres fizeram uma marcha reivindicando melhores condições de trabalho, sob a liderança do Partido Socialista da América. À época, além de terem salários até 70% menores que os homens, trabalhavam até 16 horas diárias incluindo, muitas vezes, o domingo como dia de trabalho obrigatório. Em 18 de março de 1910 mais de um milhão de pessoas foram mobilizadas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A luta na Europa e na América do Norte era pelo direito ao voto, permissão para ocupar cargos públicos e o fim da discriminação sexual no trabalho. 

Concomitante, na Europa, o movimento recrudescia, principalmente nas fábricas, pelos mesmos motivos das americanas. Em agosto de 1910 a alemã Clara Zetkin propôs, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres, em Copenhagen, na Dinamarca, uma agenda para reivindicações. Na verdade o que ela propôs foi que houvesse uma “jornada anual de manifestação das mulheres pela igualdade de direitos”. O primeiro dia oficial das mulheres, então, seria comemorado em 19 de março de 1911.

Em 1917, crê-se, o impulso tenha sido o mais forte. Um grupo grande de operárias russas – mais de 90 mil - foi às ruas para protestar contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial (28/07/1914 – 11/11/1918). Essa manifestação ficou conhecida como “Pão e Paz”. Historiadores afirmam que esse ato foi o pontapé inicial da Revolução Russa. Tal fato aconteceu no dia 8 de março de 1917 (23 de fevereiro, no antigo calendário russo), sendo o marco oficial para a escolha da data – 8 de março – como o “Dia Internacional da Mulher”,  oficializado apenas em 1921.

Apesar de todo esforço, a data foi esquecida por muitos anos e somente voltou à baila nos anos 60 do século XX, com o movimento feminista inflando por todo o mundo. 

A ONU só viria a oficializar o Dia Internacional da Mulher em 1975; ano este que foi denominado de Ano Internacional da Mulher. Como se pode notar, desde os primeiros movimentos ocorridos faz mais de um século, na maioria das vezes, as mulheres ainda são tratadas como inferiores. Muito se tem feito e melhorado, entretanto, ainda existem preconceitos e machismos, inclusive nos arraiais evangélicos e católicos. Verdade que, boa parte disso, deve-se, também, a falta de autovalorização das próprias mulheres. Esse é tema para outro artigo. 

No Brasil, principalmente, a data é marcada por um misto de comemoração, homenagens e protestos. Comemorações e homenagens são sempre boas. Os protestos: tem coisas boas e coisas ruins. Há algumas igualdades requeridas que fogem ao propósito divino da criação. Há outras que são bem vindas... mas, esta não é a razão deste artigo. 

O objetivo inicial não foi o de, apenas, homenagear ou comemorar. Era, através de conferências, debates e reuniões mundo afora, discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço sempre se concentrou em tentar minimizar, diminuir e até acabar com o preconceito e desvalorização da mulher. Mesmo com tantos avanços, as mulheres, em muitos locais, sofrem com salários mais baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho, desvantagens na carreira profissional. Verdade que muito já foi conquistado, mas há ainda muito a caminhar e modificar.

Um dos grandes marcos para a mulher brasileira foi a data de 24 de fevereiro de 1932. Nesse dia foi instituído o voto feminino. Só a partir daí, as mulheres puderam votar e serem votadas. Infelizmente, no mundo chamado de “cristão”, ainda há, também, muito preconceito. Igrejas e denominações ainda existem em que a mulher não pode, ao menos, fazer oração silenciosa. Sem entrar nas questiúnculas e na mais absoluta ignorância hermenêutica existente, de boa parte dos cristãos sobre a questão da “submissão” da mulher; apenas afirmar que, o preconceito existe pelo mais absoluto desconhecimento do evangelho libertador de Jesus Cristo, onde “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28 NVI). 

Na Bíblia, as mulheres sempre exerceram forte liderança. Que dizer de Sara e seu lânguido sorriso ao saber que iria ser mãe geradora da nação hebréia? E os cânticos de Miriam, Débora e Ana? Mulheres de alegria contagiante e que fizeram parte da História da Salvação. E Rute? Mulher exemplo de solidariedade, humildade, companheirismo que, embora estrangeira, fez parte da história de Jesus. Que dizer de Jael, exemplo verdadeiro na luta de resistência? Ainda há Ester, a rainha, que com determinação expôs sua própria vida para salvar seu povo. A lista é grande de mulheres que foram exemplos de fé e que marcaram a atuação feminina para sempre. Suas lutas eram outras – e muito melhores – do que aquelas causas das “mulheres modernas”. 

E por que não dizer de Maria, a mãe de Jesus? Aquela que foi “bendita entre as mulheres”? Ao pé da cruz de Jesus, a Bíblia afirma a presença de “santas mulheres”, enquanto os discípulos se escondiam amedrontados. E que dizer de Marta e Maria, as irmãs de Betânia, amigas pessoais de Jesus, cujo irmão Lázaro, ressuscitou? Os evangelhos mostram inúmeras mulheres que seguiam a Jesus desde a Galileia, o que, na prática, as tornavam suas discípulas. 

Deus na sua Onipotência imarcescível criou a mulher... joia rara. Dotou-as de atributos estupefacientes: a maternidade que perpetua a raça; o amor incondicional à semelhança dEle; o companheirismo que é o suporte masculino; a percepção antecipada das coisas e tantos mais. Quais gotas sobre o rocio matinal, o elemento feminino transforma-se e multiplica-se: mulher, mãe, esposa, filha, companheira... e sabe-se lá o quanto mais. Deus na sua Onipotência fê-la especial, obra prima da criação. Fê-la simplesmente “MULHER”.

E... as minhas mulheres? Cá, do meu simples cantinho, ainda homenageio minha querida mãe, que já descansa nos braços do seu Mestre e Senhor: a dona Rosinha. Analfabeta... mas, cheia de sabedoria, bondade, amor, submissão cristã e, acima de tudo, fidelíssima ao senhorio de Cristo. Homenageio aquela mulher especial que escolhi para ser minha esposa, companheira, amiga, amante, namorada e cúmplice: Jacira. Minha doce morena de sorriso largo e fácil. Mulher de fibra, lutadora, estudiosa e, sobretudo, mulher de Deus! Além disso, Deus deu a mim o privilégio de ser pai de duas joias raras, duas mulheres especiais: Junia e Jane. Por sua vez, estas também me deram três netas lindas, graciosas, especiais: Laura Elis, Lorena e Eloah. Dizem que ser avô é ser pai duas vezes. Amo isso! Dizem, também, que avô é o “burro que o filho amansou para que o neto montasse”! Não sei se isso é verdade... apenas, sei que essas netas são lindas e especiais. Espero que os netos não fiquem bravos... mas, agora é a vez das mulheres. Amo de paixão minha querida irmã Damaris, a Lilinha, única mulher entre seis irmãos. Apesar de todos os problemas sérios de saúde, continua a sorrir e lutar, firme nas promessas do seu Senhor e Rei Jesus. E como esquecer a minha sogra Ilma Maria? Mulher de fibra, guerreira. Como diz a filha Jacira, minha amada, sobre a mãe: “uma é o focinho da outra”. Homenageio também minhas cunhadas, primas e sobrinhas. São tantas que não quero cometer a indelicadeza de esquecer alguma. Todas são especiais e amadas. Posso até não expressar muito esse amor... mas, amo de verdade a todas. Se, esqueci de alguém... perdoem a este ser macróbio, pois a mente já não se lembra de tantas coisas. Obrigado mulheres da minha vida. Vocês são fantásticas e embelezam meus dias. Que Deus as abençoe ricamente.  Às “mulheres da minha vida”, acima citadas e a todas as mulheres que lerem este artigo, dedico o poema, a seguir, que escrevi para homenageá-las. 

  ODE À MULHER VIRTUOSA
(acalanto de Provérbios 31:10-31).

Uma mulher exemplar...
Feliz quem a encontrar!
É muito mais valiosa que rubis.

Na minha Bíblia... faz muito tempo,
Escrevi sem qualquer contratempo:
Eu já a encontrei!

Seu marido nela tem plena confiança...
A falta de algo não a deixa sem esperança!
Ela só faz o bem, e nunca o mal.

 Escolhe o alimento e o lazer...
A tudo faz com muito prazer!
É como navio mercante trazendo provisões.

Antes do alvorecer está de pé...
Preparando o delicioso café!
E não se esquece das ordens do dia.

Ela avalia o mercado e toma decisão...
Sabe que lucros dependem da precisão!
Entrega-se com vontade ao seu trabalho.

Seus frágeis braços tornam-se vigorosos...
Sua mente arguta faz ganhos preciosos!
Seu coração é como lâmpada acesa durante a noite.

Acolhe os necessitados e estende as mãos ao pobre...
Mas, também, administra tudo de forma nobre!
Não teme a adversidade quando chega o inverno.

Veste-se sobriamente de modernidade...
Reveste-se de força, amor e dignidade!
Sorri, enigmática, diante do futuro.

Seu marido é respeitado nas ruas da cidade...
Pois tem dela a mais pura e feliz autoridade!
Vinda da sabedoria e ensinada com amor.

Cuida dos negócios não dando à preguiça lugar...
Sabe que a tudo e a todos precisa superar!
Sabe que a beleza é enganosa e a formosura fugaz.

Por isso recebe este merecido elogio...
Sincero como orvalho em matinal rocio!
Exemplo de mulher e de sincera amiga.

Por isso, mulher cristã... és totalmente especial!
Aos olhos do Pai... és Linda demais!
Princesa, Rainha... Mulher de verdade!

6 comentários:

  1. Que riqueza de texto! Não tive como nao me sentir homenageada! Que Deus o conserve nesta sabedoria imensa, para que continuemos sendo abençoados por tuid que escreves.

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  2. Sinto-me privilegiada: meu poeta! Diariamente, naquele momento de abrir o coração para nosso bondoso Deus e Pai, oro por sua vida, por nossas vidas, por nosso futuro... preparo nosso suco verde para que possamos desfrutar da vida com saúde... juntos... com o "sorriso largo e fácil" que você tanto gosta. Obrigada pela homenagem: "mulher de fibra, lutadora, estudiosa e, sobretudo, mulher de Deus!"... Sinto-me apenas a sua cabrocha, a sua mulher, vivendo dias internacionais todos os dias. Eu te amo!

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    1. Hummm. Tenho uma esposa romântica. Você sabe que todo dia é seu dia na minha vida. Abraços e beijos querida.

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  3. Obrigado Adriana. Continue a orar por mim e esposa. Só queremos ser instrumentos nas mãos de Deus. Que Deus a abençoe ricamente. Abraço

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