sexta-feira, 22 de março de 2019

FILHOS E PAIS! DUAS GERAÇÕES DE DESCONHECIDOS! (O Reino dos Céus e as Crianças) – Parte 2


Em próximos artigos, este blogueiro irá aprofundar o assunto “educação das crianças” trazendo questões sobre atitudes, formação do caráter e coisas correlatas. Neste, apenas a questão das crianças serem, automaticamente, pertencentes ao “Reino dos Céus”, só pelo fato de serem crianças. Tem havido muita barbárie para com as crianças. A humanidade tem impingido muito sofrimento a elas: fome, violência, estupros, e tantas coisas horrendas. Como ficam essas crianças perante Deus? As crianças são, de fato, inocentes? Até que idade? Essa é uma “crença” (ou fé) dos cristãos (sem cor denominacional), baseada naquilo que se lê na Bíblia em Mateus 19:14; nas traduções mais antigas. A Bíblia de estudo Scofield – e muitas outras – diz textualmente: “Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus”. Essa tradução é esdrúxula, pois o original grego diz outra coisa.

Então, qual é o problema nessas mortes prematuras? Afinal, “delas é o Reino dos Céus”! Muita cautela nessa hora. O que acontece após a morte com essas crianças? Infelizmente há muita coisa nebulosa na hermenêutica e exegese “infantil” da Bíblia. A rodo, os seminários e faculdades teológicas de todos os matizes não têm “descidos às águas profundas” das línguas originais. Consequência? Muita confusão e ensinos tortos sobre quase tudo.

Pra começar é bom afirmar o que está no Salmo 51:5 NVI: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe”. Todos nascem pecadores por natureza, portanto, ninguém nasce inocente. “Anjinhos infantis” não têm base bíblica. É preciso entender que a tal “inocência das crianças” é real... mas, no sentido de que não premeditam a maldade, como fazem os adultos. É por isso, que as crianças têm mais “poder” de perdoar e são mais abertas, transparentes e, quase sempre, muito sinceras. Não há a maldade do adulto em suas ações. Todavia, a raiz do pecado já está inoculada nelas... desde o nascimento. Essa humildade e simplicidade, apesar do pecado, foram retratadas nas palavras de Jesus em Mateus 18:3-4; Marcos 9:36-37 e textos correlatos.

Sem quaisquer vieses da psicologia, apenas pelo senso comum e pelas multiformes leituras e estudos, há de se perceber que as crianças, na pessoa santa do Senhor Jesus, tiveram e têm um alto padrão de espiritualidade à qual deviam se espelhar os adultos. Principalmente os adultos religiosos com quem, quase sempre, Jesus “bateu de frente”.  É o espelho da humildade infantil, da sinceridade, da pureza e da prática comum do perdão entre elas.

Entretanto, é a própria Bíblia que se abre para o outro extremo, ou seja, há crianças que, mesmo pequenas, sofrem males diversos, inclusive espirituais. Jesus, ao descer do Monte da Transfiguração, deparou-se com uma cena dantesca. Seus discípulos não estavam conseguindo expulsar um demônio de um menino. Depois de uma crítica aos discípulos perguntou ao pai desesperado: “Há quanto tempo ele está assim?” (Marcos 9:21 NVI). A resposta foi: “Desde a infância” (vs. 21-22).  Portanto, desde tenra infância aquele menino tinha problemas e sofria muito.

Mas, como? Se das crianças é o “Reino dos Céus”... elas podem sofrer assim? Cabe relembrar, como premissa, que todos somos pecadores desde o nascimento (Salmo 51:5). Além disso, embora careça de uma exegese mais profunda, I Coríntios 7:15 dá a entender que os pais santificam os filhos, desde que um ou ambos sejam “crentes em Jesus”. “Santificar”, aqui, tem o sentido de proteção de Deus à medida que seus pais sejam “servos fieis de Cristo”. Então, como princípio básico bíblico tem-se que:

1. Todos os humanos, sem exceção, nascem pecadores e contaminados pelas consequências dele.

2. Os filhos de pais (um deles ou os dois) que pertençam a Cristo e O servem, vivem e crescem com algum tipo de proteção divina.

3. Os filhos de pais perversos e ímpios, normalmente, criam seus filhos fora do “temor do Senhor”; por isso, eles crescem e forjam o caráter em meio às trevas espirituais.

Por uma questão lógica, independente dos itens acima... mas, também, por causa deles, há que se perguntar: o que acontece normalmente no ambiente familiar? O que é que os filhos observam nos pais? Atitudes éticas, morais, cristãs, de adoração a Deus? de Louvor? Ou cenas de escárnio, mentiras, desamor, desajustes, violência? Quais filhos estão mais protegidos? O que essas crianças estão vendo e ouvindo no rádio, na televisão, na internet? Quais as músicas que estão ouvindo? Que tipos de letras estão introjetando em suas mentes e corações? Sabidamente (tema pra outro texto), o caráter é forjado até 7 ou 8 anos em quase todas as crianças. Até aí a criança ainda não sabe “filtrar” o que é bom ou ruim e, por isso, não sabe discernir entre o certo e o errado. Os pais, os professores, os familiares têm o dever de ser esse “filtro” para os filhos. E que filtro terão, se os pais não forem “gente de bem”, éticos, morais, verdadeiros, exemplos? A observação fará com que os filhos venham a imitar o que é bom ou ruim. É por isso que o autor de Provérbios (22:6 NVI) ensina: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”. Bom dizer que neste texto de Provérbios não está implícita a promessa de salvação dos filhos, como ensinam alguns.

O primeiro parágrafo deste texto evoca Mateus 19:14 da tradução Scofield, objeto de interpretação errônea, por desconhecimento do original, que foi traduzido imprecisamente. Nele é textual: “... dos tais (as crianças) é o reino dos céus”. Quando o grego usa o termo “toiouton”, refere-se àqueles cuja viver se assemelhe às crianças. A melhor tradução seria a que está na NVI que diz: “(...) Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. “São semelhantes...”, ou seja, têm atitudes como as das crianças. Elas são humildes, perdoadoras, simples, transparentes, verdadeiras. É esse espírito que Deus deseja dos adultos e que são vistos nas crianças... mas, em que crianças? Essa tradução é pertinente e correlata com Mateus 18:3-4; Mateus 21:15-16; Marcos 9:36-37

Então, nos lares onde há fé em Deus e a família é bem estruturada moral, ética e espiritualmente... as crianças observarão coisas boas e forjarão um caráter abençoado por Deus. O inverso é verdadeiro nos lares onde Deus, a fé, o exemplo, a ética, a moral não estão presentes. Normalmente, a criança fará aquilo que observarem os adultos fazendo e não o que ouvem os adultos dizerem. Há a mais absoluta confusão na cabeça da criança quando os pais dizem uma coisa e fazem outra; também, quando o lar e a escola têm normas completamente diferentes.

Não há automatização na salvação de crianças, só pelo fato de serem crianças. Não haveria necessidade de evangelismo ou de evangelização de crianças. Por que existir a APEC, o PEPE e tantos outros... se, “dos tais é o Reino dos céus”? Seria muito mais fácil povoar os céus, simplesmente, não deixando as crianças se tornarem adultas. Que tal um mutirão de extermínio de crianças? Isso é um completo absurdo e, absolutamente contrário ao ensinamento bíblico... mas, a interpretação errônea da Bíblia pode levar a tais disparates, como tantos outros que existiram ao longo da história. Dessa maneira, homens sanguinários como Hitler, Mussolini, Herodes e tantos outros que mataram centenas de crianças, deveriam ser considerados “povoadores do céu”. Absurdo total.

Para concluir! Não se tem a pretensão de, neste artigo, ser a palavra final sobre o assunto. É controverso. Todavia, a base bíblica deixada pela inspiração do Espírito Santo de Deus leva a crer que as crianças podem ser salvas ou não. E a família é a grande base para isso. Biblicamente não se pode fazer afirmação peremptória de que o filho do cristão verdadeiro tem a garantia da salvação. Nenhum texto afirma isso. Nenhum, também, afirma que a criança tem a garantia da salvação, só por ser criança. Pais, pensem seriamente nisso: vocês são responsáveis, diante de Deus, de serem espelhos limpos, puros e santos para seus filhos. Leia com muita atenção Deuteronômio 6. Até o próximo artigo. Amém!

quarta-feira, 20 de março de 2019

FILHOS E PAIS! DUAS GERAÇÕES DE DESCONHECIDOS! (O Reino dos Céus e as Crianças) – Parte 1


Mais uma tragédia relacionada com crianças em escola. Desta vez em Suzano/SP, na Escola Estadual Professor Raul Brasil. Recentemente, no Colégio Goyaneses, em Goiânia/GO, adolescente de 14 anos matou dois colegas de 13 anos e feriu outras crianças com a arma da mãe, que é policial civil. Outra tragédia foi a de Realengo/RJ, em 2011, com a morte de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira. Ainda em 2011, em São Caetano do Sul/SP, uma criança de 10 anos atirou na professora e depois se matou. Em abril de 2012, adolescente com 16 anos, de Santa Rita/PB, acertou três alunas tentando matar outro aluno da escola. Isso, só os casos mais “bombásticos” e midiáticos brasileiros; sem os casos mundo afora. Ainda há registros de mortes levadas a efeito por crianças com o uso de armas brancas e outras. Tais notícias têm acontecido, cada vez mais, amiúde. O que está havendo com as crianças? 

As crianças de cada um, ou seja, os filhos são bênçãos de Deus e joias raras para os pais. Pelo menos, deveriam ser. O que está acontecendo? Por que, cada vez mais cedo, as crianças estão ficando adultas e tendo atitudes absurdas até para adultos? Li, não lembro onde, que “existe uma tragédia silenciosa” dentro dos próprios lares. As estatísticas são estarrecedoras. Cada vez mais cedo, as crianças perdem o encantamento, a doçura e se defrontam com a realidade de lares putrefatos e são conduzidas a um estado emocional terrificante e sem precedentes. Parece que a epidemia está virando, rapidamente, pandemia. 

Recentemente foi divulgado que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) sofreu um aumento de 43%.  Esse é um transtorno neurobiológico genético que surge na infância, caracterizado por desatenção, inquietude e impulsividade. Modernamente, bom número de crianças sofre de transtornos mentais. O aumento de crianças depressivas tem crescido assustadoramente. O pior é que o número de crianças e adolescente suicidas na faixa entre 10 e 14 anos teve um aumento recente de 200%. 

É desse assunto tenebroso que este, e os próximos textos, vão tratar.  O que está acontecendo e o que os pais, a escola, a sociedade, as igrejas, o mundo... estão fazendo de errado? As crianças da atualidade estão sendo criadas e estimuladas de forma correta? Ou estão sendo superdimensionadas e estimuladas a valores materiais em detrimento do espiritual, do ético? Será que o que é “correto”, não está sendo substituído pelo que se tem denominado de “politicamente correto”. E os valores espirituais e morais têm existido de forma correta? É um longo caminho a percorrer. 

Um pouco de divagação! Imagine uma criança pensando no interior da mãe... prestes a nascer. Uma família e os amigos dessa família ansiosos pela sua chegada. O que será essa criança, pensam! Talvez a civilização esteja em jogo. Talvez o futuro do mundo dependa dessa criança. Finalmente ela chega! Do mundo ela nada sabe. É apenas uma indefesa criança. O que ela será no futuro depende, primariamente, dos pais. Depois, de um sem número de pessoas: familiares, parentes, vizinhos, escolas, professores, colegas... a lista vai longe. Quem determina o que ela será? Sucesso ou fracasso? Posso, cá do meu canto, ouvir cada criança a gritar desesperada: “Dá-me, dia a dia, aquelas coisas que possam construir minha identidade feliz! Posso sentir o gemido lancinante daquele infante indefeso a dizer: “Treine-me, corrija-me dia a dia, pois quero fazer diferença neste mundo louco; quero ser bênção para mim mesmo, para meus pais, para a sociedade e para Deus”. E por que isso não tem sido possível? De quem é a culpa?

No mundo animal, os filhotes nascem e, após poucas horas, muitos deles já estão andando. Dentro de poucos dias já estarão se alimentando sozinhos. Os pais, na maioria das vezes, são apenas procriadores; criando e acalentando os filhos por pouco tempo. Não é assim com os humanos. A criança precisa de cuidados por muitos anos. E que cuidados! Do contrário, pode adoecer e, até, morrer precocemente. Mas, muitos pais entendem que precisam cuidar da saúde física, via alimentos, apenas. Esquecem-se de coisas prioritárias. A maioria não está preparada para ser pai e mãe. Não sabe o significado real e verdadeiro do que isso significa. A criança precisa de cuidados físicos, emocionais, espirituais, educacionais e tantos outros mais. 

Para começar: o básico. A criança precisa de Deus! Isso, necessariamente, implica que ela precisa ser orientada para Deus. A base é a família. Mas, toda criança não é, automaticamente, salva? São indagações pertinentes e, ao mesmo tempo, ausentes da realidade bíblica. 

O que se tem notado em tempos modernos é o completo descaso das famílias com as crianças. Bastam os crimes terríveis perpetrados contra o menino João Hélio, a menina Isabella Nardoni, os massacres já citados. 

Há quem diga que é culpa dos governos, ou da extrema direita; ou da extrema esquerda; ou da falta de segurança nas escolas; ou dos pais; ou de tantas outras desculpas. Bem, particularmente, não tenho dúvidas de que os governos, os políticos de todos os matizes, a falta de segurança, os pais e outras coisas tantas, têm sua parcela de culpa. Todavia, todos esses “culpados” não teriam êxito nesse projeto estruturado de solapamento da sociedade e da família, se os dois maiores pilares espirituais da sociedade estivessem intatos, fortes, altaneiros, produtivos e estruturados como concebidos por Deus: a) a fé em Deus; b) e a família baseada em valores espirituais. Esses dois pilares juntos resistiriam a quaisquer tempestades e avanços do mal. 

Alguém objetaria: esses pilares são, somente, espirituais. Verdade! Exatamente por isso eles deveriam ser o sustentáculo de toda a sociedade, cujo pilar primeiro é a família. Sociedade composta por famílias sem Deus, esfaceladas, baseadas em princípios morais e éticos duvidosos... produzem filhos com moral e ética malignas. Muitos religiosos colocam a culpa no pecado, no diabo, alguns na própria igreja. Todas essas coisas são consequências... não as causas. Famílias formam a sociedade. Sociedade sem famílias, moral e eticamente bem estruturadas, jamais produzirá uma sociedade moral, ética, decente. Reitera-se: todo esse descalabro é consequência... não as causas! Verdade que, nos últimos 30 anos o poder político no Brasil tem, propositalmente, solapado os valores morais, éticos e religiosos da sociedade brasileira. Entretanto, é a falta verdadeira de uma igreja compromissada com os valores do Reino de Deus que tem permitido o avanço putrefato do viés político. 

O primeiro pilar é a “Falta de Fé Verdadeira em Deus”. A sociedade, simplesmente, está a colher os frutos do seu afastamento de Deus. Isso inclui, inclusive e principalmente, o mundo cristão, as igrejas e os líderes; estes – na maioria – preocupados com o “vil metal” e o “aqui e agora”. A pura e simples rejeição ao Senhorio de Cristo produz muito egoísmo, imoralidade, idolatria, violência (veja Gênesis 6 e Romanos 1). Ora, essa realidade é que está acontecendo. Não precisa ser “expert” para perceber que as crianças passam a ser vítimas fáceis de todo esse processo de deterioração social. Aos montes estão aí o aborto, a pedofilia, os crimes contra as crianças. 

O que a criança precisa, no ventre materno, é amor, carinho, acolhimento. Fora do ventre: mais amor, mais carinho, mais acolhimento, educação, instrução que açambarque a moral, a ética, os valores formativos do caráter e, necessariamente, passa por valores espirituais sérios. Aqui, não há preocupação com religião no sentido de denominação e sim de valores bíblicos. Estes são eternos e imutáveis. O grande problema social chama-se “pecado”. 

O que é o pecado? Literalmente significa “errar o alvo” que Deus tem para vida de cada humano, criado à Sua “imagem e semelhança”. Tanto no hebraico como no grego (línguas originais da Bíblia), em seus diversos termos usados e traduzidos por “pecado”, o sentido é sempre de afronta às leis de Deus (hebraico: hattã’th; ‘awôn; pesha`; ra`; grego: hamartia, hamartema, parabasis, paraptõma, poneria, anomia, adikia). Por isso, pecado representa fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção, desobediência à lei e outras coisas mais. Todavia, a palavra mais generalizada no Novo Testamento para pecado é “hamartia” que, com seus cognatos, acentua o sentido de transgressão contra as leis de Deus. 

Não importa se a pessoa, a família, a sociedade ou os governos acreditem ou não em Deus e suas leis. A Bíblia informa – é uma questão de fé – que Deus criou todo o cosmos e, também, o ser humano (Gênesis 1-2). Sendo o criador e dono de tudo, estabeleceu leis das quais jamais se desvia e as deu aos humanos, aos animais, à natureza, ao cosmos. Elas são imutáveis. A quebra delas constitui-se transgressão conta Deus; portanto, pecado. Quando a sociedade se conscientizar disso... quando as famílias se conscientizarem disso... quando as igrejas se importarem com isso, então haverá um novo e santo começo para a sociedade. É com esse sentido em mente que, creio eu, deve se assentar as bases educacionais familiares de cada criança. Quais as necessidades básicas de uma criança?

Um dos maiores especialistas em família e educação de crianças, o cristão James Dobson traz 7 (sete) necessidades básicas da criança. Ei-las:

  1. PRECISA DE SIGNIFICADO = sua atitude como pai (ou mãe) em relação a você mesmo irá afetar a autoestima de seu filho. Seu filho precisa ajudar em casa, sentindo-se útil. Precisa falar por si mesmo. Precisa fazer suas escolhas e ter suas opiniões. Confiar em si mesmo... Isso é que dá significado!
  1. PRECISA DE SEGURANÇA = insegurança é causada por conflito entre os pais, mudanças exageradas, falta de disciplina, pais ausentes nas grandes decisões da criança, críticas contínuas, coisas ao invés de pessoas!
  1. PRECISA DE ACEITAÇÃO = Críticas constantes, comparações com outros, autorrealização nos filhos, super proteção.
  1. PRECISA AMAR E SER AMADO = amor é uma reação aprendida (verbo amar), amor visto nos pais, amor verbalizado e demonstrado, demonstração de confiança, disposição para ouvir, compartilhar experiências, criança perceber que é mais importante que coisas e trabalho.
  1. PRECISA DE ELOGIOS = elogiar desempenho e não a personalidade, elogiar o esforço e não a beleza, elogiar a responsabilidade da criança, elogiar com sinceridade, elogiar a iniciativa da criança mesmo que fizer errado.
  1. PRECISA DE DISCIPLINA = é muito mais que castigo que produz a obediência. Tem a ver com treinamento e discipulado. Tem a ver com LIMITES! A criança que não sabe quais seus limites de comportamento sente-se insegura e não amada. Ela encontrará liberdade quando encontrar-se e conhecer com certeza seus limites! Pais responsáveis tomarão decisões que não agradarão aos filhos. Os que sempre agradam perderão, ao longo do tempo, tanto o respeito como o próprio filho. Por isso, os pais precisam ter limites claros (varia de pais para pais) para si mesmos, e para os filhos.
  1. PRECISA DE DEUS = Não existe educação excelente sem Deus na vida da família por inteiro. Aqui o assunto não é religião... mas, Deus.
Se pais estiverem atentos a essas sete necessidades básicas e procurarem aprender e introjetar em si mesmos e nos filhos... terão andado metade do caminho para terem filhos úteis a si mesmos, aos pais, a sociedade e a Deus. Bons relacionamentos entre pais e filhos não acontecem naturalmente... exigem muito esforço, dedicação, paciência... alicerçados em bases morais e éticas sólidas, embasadas em valores eternos.

Mas, segundo a Bíblia, “das crianças não é o Reino dos Céus”?  Ledo engano. Aprenda isso no próximo artigo.Amém






quinta-feira, 7 de março de 2019

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER... e AS MINHAS MULHERES!



Na verdade todo dia deveria ser dia da mulher. Também do homem, da mãe, do pai, dos avós, dos filhos. Simplesmente porque todo ser humano deveria ser respeitado, homenageado, amado... todos os dias, como seres “criados à imagem e semelhança do Criador”. Mas, independente disso, hoje se comemora o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Benditas sois! Principalmente... minhas lindas e queridas mulheres! Ah! Não sou bígamo ou polígamo. Veja mais adiante...

Muito se tem escrito sobre a origem da data. Até este autor, no passado, se meteu a escrever sobre o “dia internacional da mulher”. Cometi alguns erros por não ter feito uma pesquisa mais profunda. Posso cometer outros, mas... quem sabe, não mais. A premissa não foi que a data se tornasse comercial, como se tornou todos os outros: dia das mães, dos pais, dos avós, natal, etc. O “dia internacional da mulher”, também, não teve objetivos comerciais... embora, já esteja se tornando. Se sua origem foi nobre ou não, depende do ponto de vista de quem a vê ou escreve. A intenção deste artigo é ser isento de quaisquer vieses políticos. Espero que consiga; pois ela tem raízes profundas e, infelizmente, também, políticas. Escrevi, certa vez, que a origem da data foi um grande incêndio ocorrido em uma fábrica de tecido em Nova Iorque (EUA) com a morte aproximada de 130 tecelãs. O incêndio realmente ocorreu, mas, essa não é toda a verdade. Os fatos são controversos. 

O Brasil é um dos poucos países que apontam o incêndio em Nova Iorque, dia 25 de março de 1911, 17 horas, domingo, ocorrido na Triangle Shirtwaist Company, quando morreram 146 trabalhadores (125 mulheres e 21 homens, maioria judeus). Essa fábrica tinha cerca de 600 trabalhadores. A maioria era composta por mulheres imigrantes judias e italianas entre 13 e 23 anos que, nesse dia, reivindicavam, trazendo à tona as más condições de trabalho das mulheres. Claro está que tal acontecimento recrudesceu o movimento libertário feminino, do ponto de vista político socialista. Entretanto, já havia esse tipo de luta das mulheres em datas anteriores.

Traçando uma “linha do tempo” na agenda feminista, no último domingo de fevereiro de 1909, também em Nova Iorque, cerca de, 15 mil mulheres fizeram uma marcha reivindicando melhores condições de trabalho, sob a liderança do Partido Socialista da América. À época, além de terem salários até 70% menores que os homens, trabalhavam até 16 horas diárias incluindo, muitas vezes, o domingo como dia de trabalho obrigatório. Em 18 de março de 1910 mais de um milhão de pessoas foram mobilizadas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A luta na Europa e na América do Norte era pelo direito ao voto, permissão para ocupar cargos públicos e o fim da discriminação sexual no trabalho. 

Concomitante, na Europa, o movimento recrudescia, principalmente nas fábricas, pelos mesmos motivos das americanas. Em agosto de 1910 a alemã Clara Zetkin propôs, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres, em Copenhagen, na Dinamarca, uma agenda para reivindicações. Na verdade o que ela propôs foi que houvesse uma “jornada anual de manifestação das mulheres pela igualdade de direitos”. O primeiro dia oficial das mulheres, então, seria comemorado em 19 de março de 1911.

Em 1917, crê-se, o impulso tenha sido o mais forte. Um grupo grande de operárias russas – mais de 90 mil - foi às ruas para protestar contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial (28/07/1914 – 11/11/1918). Essa manifestação ficou conhecida como “Pão e Paz”. Historiadores afirmam que esse ato foi o pontapé inicial da Revolução Russa. Tal fato aconteceu no dia 8 de março de 1917 (23 de fevereiro, no antigo calendário russo), sendo o marco oficial para a escolha da data – 8 de março – como o “Dia Internacional da Mulher”,  oficializado apenas em 1921.

Apesar de todo esforço, a data foi esquecida por muitos anos e somente voltou à baila nos anos 60 do século XX, com o movimento feminista inflando por todo o mundo. 

A ONU só viria a oficializar o Dia Internacional da Mulher em 1975; ano este que foi denominado de Ano Internacional da Mulher. Como se pode notar, desde os primeiros movimentos ocorridos faz mais de um século, na maioria das vezes, as mulheres ainda são tratadas como inferiores. Muito se tem feito e melhorado, entretanto, ainda existem preconceitos e machismos, inclusive nos arraiais evangélicos e católicos. Verdade que, boa parte disso, deve-se, também, a falta de autovalorização das próprias mulheres. Esse é tema para outro artigo. 

No Brasil, principalmente, a data é marcada por um misto de comemoração, homenagens e protestos. Comemorações e homenagens são sempre boas. Os protestos: tem coisas boas e coisas ruins. Há algumas igualdades requeridas que fogem ao propósito divino da criação. Há outras que são bem vindas... mas, esta não é a razão deste artigo. 

O objetivo inicial não foi o de, apenas, homenagear ou comemorar. Era, através de conferências, debates e reuniões mundo afora, discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço sempre se concentrou em tentar minimizar, diminuir e até acabar com o preconceito e desvalorização da mulher. Mesmo com tantos avanços, as mulheres, em muitos locais, sofrem com salários mais baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho, desvantagens na carreira profissional. Verdade que muito já foi conquistado, mas há ainda muito a caminhar e modificar.

Um dos grandes marcos para a mulher brasileira foi a data de 24 de fevereiro de 1932. Nesse dia foi instituído o voto feminino. Só a partir daí, as mulheres puderam votar e serem votadas. Infelizmente, no mundo chamado de “cristão”, ainda há, também, muito preconceito. Igrejas e denominações ainda existem em que a mulher não pode, ao menos, fazer oração silenciosa. Sem entrar nas questiúnculas e na mais absoluta ignorância hermenêutica existente, de boa parte dos cristãos sobre a questão da “submissão” da mulher; apenas afirmar que, o preconceito existe pelo mais absoluto desconhecimento do evangelho libertador de Jesus Cristo, onde “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28 NVI). 

Na Bíblia, as mulheres sempre exerceram forte liderança. Que dizer de Sara e seu lânguido sorriso ao saber que iria ser mãe geradora da nação hebréia? E os cânticos de Miriam, Débora e Ana? Mulheres de alegria contagiante e que fizeram parte da História da Salvação. E Rute? Mulher exemplo de solidariedade, humildade, companheirismo que, embora estrangeira, fez parte da história de Jesus. Que dizer de Jael, exemplo verdadeiro na luta de resistência? Ainda há Ester, a rainha, que com determinação expôs sua própria vida para salvar seu povo. A lista é grande de mulheres que foram exemplos de fé e que marcaram a atuação feminina para sempre. Suas lutas eram outras – e muito melhores – do que aquelas causas das “mulheres modernas”. 

E por que não dizer de Maria, a mãe de Jesus? Aquela que foi “bendita entre as mulheres”? Ao pé da cruz de Jesus, a Bíblia afirma a presença de “santas mulheres”, enquanto os discípulos se escondiam amedrontados. E que dizer de Marta e Maria, as irmãs de Betânia, amigas pessoais de Jesus, cujo irmão Lázaro, ressuscitou? Os evangelhos mostram inúmeras mulheres que seguiam a Jesus desde a Galileia, o que, na prática, as tornavam suas discípulas. 

Deus na sua Onipotência imarcescível criou a mulher... joia rara. Dotou-as de atributos estupefacientes: a maternidade que perpetua a raça; o amor incondicional à semelhança dEle; o companheirismo que é o suporte masculino; a percepção antecipada das coisas e tantos mais. Quais gotas sobre o rocio matinal, o elemento feminino transforma-se e multiplica-se: mulher, mãe, esposa, filha, companheira... e sabe-se lá o quanto mais. Deus na sua Onipotência fê-la especial, obra prima da criação. Fê-la simplesmente “MULHER”.

E... as minhas mulheres? Cá, do meu simples cantinho, ainda homenageio minha querida mãe, que já descansa nos braços do seu Mestre e Senhor: a dona Rosinha. Analfabeta... mas, cheia de sabedoria, bondade, amor, submissão cristã e, acima de tudo, fidelíssima ao senhorio de Cristo. Homenageio aquela mulher especial que escolhi para ser minha esposa, companheira, amiga, amante, namorada e cúmplice: Jacira. Minha doce morena de sorriso largo e fácil. Mulher de fibra, lutadora, estudiosa e, sobretudo, mulher de Deus! Além disso, Deus deu a mim o privilégio de ser pai de duas joias raras, duas mulheres especiais: Junia e Jane. Por sua vez, estas também me deram três netas lindas, graciosas, especiais: Laura Elis, Lorena e Eloah. Dizem que ser avô é ser pai duas vezes. Amo isso! Dizem, também, que avô é o “burro que o filho amansou para que o neto montasse”! Não sei se isso é verdade... apenas, sei que essas netas são lindas e especiais. Espero que os netos não fiquem bravos... mas, agora é a vez das mulheres. Amo de paixão minha querida irmã Damaris, a Lilinha, única mulher entre seis irmãos. Apesar de todos os problemas sérios de saúde, continua a sorrir e lutar, firme nas promessas do seu Senhor e Rei Jesus. E como esquecer a minha sogra Ilma Maria? Mulher de fibra, guerreira. Como diz a filha Jacira, minha amada, sobre a mãe: “uma é o focinho da outra”. Homenageio também minhas cunhadas, primas e sobrinhas. São tantas que não quero cometer a indelicadeza de esquecer alguma. Todas são especiais e amadas. Posso até não expressar muito esse amor... mas, amo de verdade a todas. Se, esqueci de alguém... perdoem a este ser macróbio, pois a mente já não se lembra de tantas coisas. Obrigado mulheres da minha vida. Vocês são fantásticas e embelezam meus dias. Que Deus as abençoe ricamente.  Às “mulheres da minha vida”, acima citadas e a todas as mulheres que lerem este artigo, dedico o poema, a seguir, que escrevi para homenageá-las. 

  ODE À MULHER VIRTUOSA
(acalanto de Provérbios 31:10-31).

Uma mulher exemplar...
Feliz quem a encontrar!
É muito mais valiosa que rubis.

Na minha Bíblia... faz muito tempo,
Escrevi sem qualquer contratempo:
Eu já a encontrei!

Seu marido nela tem plena confiança...
A falta de algo não a deixa sem esperança!
Ela só faz o bem, e nunca o mal.

 Escolhe o alimento e o lazer...
A tudo faz com muito prazer!
É como navio mercante trazendo provisões.

Antes do alvorecer está de pé...
Preparando o delicioso café!
E não se esquece das ordens do dia.

Ela avalia o mercado e toma decisão...
Sabe que lucros dependem da precisão!
Entrega-se com vontade ao seu trabalho.

Seus frágeis braços tornam-se vigorosos...
Sua mente arguta faz ganhos preciosos!
Seu coração é como lâmpada acesa durante a noite.

Acolhe os necessitados e estende as mãos ao pobre...
Mas, também, administra tudo de forma nobre!
Não teme a adversidade quando chega o inverno.

Veste-se sobriamente de modernidade...
Reveste-se de força, amor e dignidade!
Sorri, enigmática, diante do futuro.

Seu marido é respeitado nas ruas da cidade...
Pois tem dela a mais pura e feliz autoridade!
Vinda da sabedoria e ensinada com amor.

Cuida dos negócios não dando à preguiça lugar...
Sabe que a tudo e a todos precisa superar!
Sabe que a beleza é enganosa e a formosura fugaz.

Por isso recebe este merecido elogio...
Sincero como orvalho em matinal rocio!
Exemplo de mulher e de sincera amiga.

Por isso, mulher cristã... és totalmente especial!
Aos olhos do Pai... és Linda demais!
Princesa, Rainha... Mulher de verdade!

CARNAVAL 2020! O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA!

Neste artigo vou ser mais intimista. Vou usar o pronome na primeira pessoa. Normalmente não falo ou escrevo sobre aquilo que não sei, ...